Meanings about the doctor-patient relationship in the family health strategy: Thoughts on health care from the perspective of the users.

Authors

  • Marcelo Pereira de Brito
  • Eunice Nakamura Doctora. Universidad Federal de San Pablo, Calle Silva Jardim, 136, Santos-SP, Brasil. Tel: +55 (13) 32290100.

Abstract

Primary Health Care (PHC) appears as the main guideline for health actions in the Family Health Strategy (FHS). Its prerogatives include multidisciplinary teamwork focused on the users, families and communities where this strategy is inserted. However, the historical context of health practices in Brazil has shown that PHC does not consolidate in the country without contradictions. Some of its principles, such as completeness, arise in the clinical encounter between physicians and patients still strongly marked by the asymmetric relationship, by biomedical discourse and practice. The aim of this study was to analyze and understand some of the meanings present in the doctor-patient relationship, from the perspective of the users, with follow-up and observation of meetings of a team from the FHS unit in the Areia Branca neighborhood, of Santos-SP; and in-depth interviews, with a semi-structured script, with five users served by this team. Thus, in the interpretation of the meanings of the doctor-patient relationship, attributes related to familiarity, trust and longitudinality permeated by processes of symbolic resignification of the medical discourse by the users, presenting components related to the autonomy of the interviewees in dealing with their health-disease processes. Keywords: Physician-patient relationship. Family Health Strategy. Meanings.

References

ANDRADE, LOM.; BARRETO, ICHC; BEZERRA, RC. Atenção primária à saúde e Estratégia Saúde da Família. In: AKERMAN, M; CAMPOS GWS; CARVALHO YM; JÚNIOR MD; MYNAYO MCS (Org.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec, Rio de Janeiro: Fiocruz; 2006; p 783-837.

BOLTANSKI, L. As classes sociais e o corpo. São Paulo: Paz e Terra, 3ª edição, 2004.

BORGES, CF; BAPTISTA, TWF. A política de atenção básica do Ministério da Saúde: refletindo sobre a definição de prioridades. In: Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, 2010; v. 8 n. 1, p. 27-53,mar./jun.

BORGES, R; D’OLIVEIRA, AFPL. The medical home visit as a space for interaction and communication in Florianópolis - Santa Catarina. Interface – Comunicação., Saúde, Educação, 2011; v.15, n.37, p.461-72, abr./jun.

BRASIL, MS. Portaria Interministerial n°1.802, de 26 de Agosto de 2008. Institui o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde- PET-Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/pri1802_26_08_2008.html. Acesso em Agosto de 2014.

BRASIL, MS, DAB - Departamento de Atenção Básica. Teto, credenciamento e implantação das estratégias de Agentes Comunitários de Saúde, Saúde da Família e Saúde Bucal. Janeiro-Junho de 2018. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/historico_cobertura_sf/historico_cobertura_sf_relatorio.php. Acesso em Junho de 2018.

CAPRARA, A; LANDIM, LOP. Etnografia: uso, potencialidades e limites na pesquisa em saúde. Interface Comunicação, Saúde e Educação, 2008; Botucatu, v.4.

CAPRARA, A. Uma abordagem hermenêutica da relação saúde-doença. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, 2003; 19(4):923-931.

CASSEL, J. The contribution of the social environment to host resistance. American Journal of Medicine, 1976; , 104:107-123.

FAVORETO, CAO. A prática clínica e o desenvolvimento do cuidado integral à saúde no contexto da atenção primária. Rev. APS, 2008; v. 11, n. 1, p. 100-108, jan./mar.

FERREIRA, RC; FIORINI, VML.; CRIVELARO, E. Formação Profissional no SUS: o Papel da Atenção Básica em Saúde na Perspectiva Docente. Rev. Bras. de Educação Médica, 2010; , v. 34(2), p. 207-215.

FRANCO, TB; MERHY, E. PSF: Contradições e desafios. Os Modelos Tecnoassistenciais e Processos de Trabalho em Saúde. Departamento de Medicina Preventiva e Social / FCM /UNICAMP. Campinas, 1999.

GEERTZ, C. “Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura”. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1989; p 13-41.

GÉRVAS, J; FERNÁNDEZ-PEREZ, M. Uma atenção primária forte no Brasil. Relatório sobre como fortalecer os acertos e corrigiras fragilidades da estratégia saúde da família, 2012. Acesso em Julho de 2017. Disponível em: www.sbmfc.org.br/media/file/documentos/relatoriofinal_portugues.Pd

GIOVANELLA, LL; COSTA, LV; CARVALHO, AI; CONILL, EM. Sistemas municipais de saúde e a diretriz da integralidade da atenção: critérios para avaliação. Saúde Debate, 2002; , 26(60):37-61.

GOMES, AMA.; CAPRARA, A; LANDIM, LOP; VASCONCELOS, MGF. Relação médico-paciente: entre o desejável e o possível na atenção primária à saúde. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 2012; v. 22 [ 3 ], p.1101-1119.

HELMAN, CG. Cultura, Saúde & Doença. Porto Alegre: Artmed, 2003.

KLEINMAN, A. Patients and healers in the context of culture. Berkeley: University of California, 1980.

LAPLANTINE, F. Antropologia da doença. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

LATOUR, B. Terceira fonte de incerteza: Os objetos também agem. In: Reagregando o Social uma introdução à teoria do Ator-Rede. Salvador: Edufba, 2012; Bauru, São Paulo: Edusc, 2012.

LÉVI STRAUSS, C. A eficácia simbólica. In: Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 6ª ed., 2003.

LÉVI-STRAUSS, C. A ciência do concreto. In: O pensamento selvagem. São Paulo: Cia Editora Nacional, 1976.

LOPES, JMC; CURRA LCD. A importância do afeto na conduta do Médico de Família e Comunidade. Rev Bras Med Fam Comunidade. Rio de Janeiro, 2013; 8(26), p.6-10 , Jan-Mar.

MENDES, EV. As redes de atenção à saúde. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.

MINAYO, MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7.ed. São Paulo: Hucitec, 2000.

MOURA, MMD; CONTREIRAS, HC; PATROCINIO, JL; LUZ, MT. As Novas Formas da Saúde: práticas, representações e valores culturais na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro, 2002.

NAKAMURA E; SANTOS JQ. Depressão infantil: abordagem antropológica. Rev Saúde Pública, 2007; 41(1), p.53-60.

OLIVEIRA, MA; PEREIRA, IC. Atributos essenciais da Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família. Rev. Bras. Enferm. Brasília, 2013, , v. 66, p. 71-164.

OLIVEIRA, RC. O Trabalho do Antropólogo. Brasília/ São Paulo: Paralelo Quinze/Editora da Unesp, 2006; 220 pp.

PORTO, D; SCHIERHOLT, R; COSTA, AM. Retratos da relação médico-paciente na atenção básica. Rev. Bioética, 2012; 20 (2): 288-99.

SCHRAIBER, LB. O médico e seu trabalho: limites da liberdade. São Paulo: Hucitec, 1993.

SILVA JR., AG; ALVES, CA. Modelos Assistenciais em Saúde: desafios e perspectivas. In: Márcia Valéria G.C. Morosini e Anamaria D.Andrea Corbo (org). Modelos de atenção e a saúde da família. EPSJV/Fiocruz, 2007. Rio de Janeiro, 2007; p 27-41. ISBN: 978-85-98768-24-3.

SILVA, MRF; PONTES, RJS.; SILVEIRA, LC. Acolhimento na Estratégia Saúde da Família: as vozes dos sujeitos do cotidiano. Rev. Enferm. UERJ. Rio de Janeiro, 2012; 20(esp.2):784-8.

SOARES JCRS; CAMARGO JR. K. A autonomia do paciente no processo terapêutico como valor para a saúde. Interface - Comunic. Saúde, Educ., 2007; v.11, n.21, p.65-78, jan/abr.

STARFIELD, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia [Internet]. Brasília, DF: UNESCO/Ministério da Saúde; 2002.Disponível em:

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisaDetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=14609. Acesso em Setembro de 2014.

TAKEMOTO, MLS; SILVA, EM. Acolhimento e transformações no processo de trabalho de enfermagem em unidades básicas de saúde de Campinas. Cad. Saúde Pública São Paulo, 2007.

TEIXEIRA, RR. O acolhimento num serviço de saúde entendido como uma rede de conversações. Roseni Pinheiro e Ruben Araújo de Mattos. (Org.). Construção da Integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. IMS-UERJ / ABRASCO. Rio de Janeiro, 2003; p. 89-111.

TESSER, CD; NORMAN, AH. Repensando o acesso ao cuidado na Estratégia Saúde da Família. Saúde Soc. São Paulo, 2014; v.23, n.3, p.869-883.

TURCI, MA; LIMA-COSTA, MF; MACINKO, J. Influência de fatores estruturais e organizacionais no desempenho da atenção primária à saúde em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, na avaliação de gestores e Enfermeiros. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, 2015; 31(9):1941-1952 Set.

Downloads

Published

2021-11-14

Issue

Section

Original Research